domingo, 3 de abril de 2011

No aço das palavras




No aço das palavras 

Cheguei um dia a desejar o silêncio, 

As pessoas todas mudas, 

Todas se entendendo apenas por gestos, 

Todas se entendendo apenas por sinais, 

Umas piscando para as outras, 

Se comunicando, 

Outras fazendo caretas 

Ou desenhos com as mãos 

E acreditem, sorrindo daquilo tudo. 

Tudo seria apenas intuição, 

Todo sentido apurado, 

Todo silêncio desvendado. 

O som seria dos pássaros, 

Das cachoeiras, da leve brisa, 

Da tempestade se aproximando. 



E tudo assim 

De forma 

Que com o passar do tempo 

Impregnados por percepção aguda 

Não precisássemos mais das palavras, 

Fonte de mal entendidos, 

Como disse um Menino. 




2 comentários:

Anônimo disse...

As palavras realmente ás vezes não deveriam ser pronunciadas e nem ouvidas. A mesma força que tem sua beleza também tem da destruição.
Tudo na mesma proporção? Não. Quando vem como arma mortal de lâmina cortante a proporção é incalculável.
E a destruição pode vir aos poucos como um virose em silêncio se espalhando pelo corpo.
Já sofri tanto com as palavras. E também fiz sofrer.
Então hoje antes de pronuncía-las conto e reconto várias vezes até 10. E ainda corro o risco...
Porque até para usar as palavras como algo belo, o risco é o mesmo.


Um abraço amigo!

DÉIA disse...

É amigo NO AÇO DAS PALAVRAS...As palavras tem poder,eu tb sofri muito com palavras...Eu penso varias vezes antes de pronuncia-las...Bjus amigo volte sempre