Tarde mormacentas nuvens escuras,
a terra docemente implora a chuva fina,
a tarde quer chorar seu silêncio.
Chuva para lavar as ruas vazias,
tirar a poeira dos olhos como o pranto
que vai molhando os sonhos da alma.
Os pingos dançam nas folhas, fazendo piruetas,
ondulando, salpicando brilhos de nostalgia,
balançam as folhas numa envergonhada alegria.
Trêmulas as folhas se agitam e voam,
ressoam os pingos como música nas calçadas,
sossega-me a alma o perfume da terra molhada.
Chuva que penetra mansamente o cio da terra,
espraiando-se em um compasso sincopado,
cantarolando sozinho um poema inesperado.
Autor(a)Sônia Schmorantz
Autor(a)Sônia Schmorantz
5 comentários:
Tem dia que as nuvens escuras pairam aqui dentro...E provoca este poema na minha alma.
Digo o seu poema com todas as vírgulas... todas as cores, sabor e cheiro.
Déia, sabia que seus poemas tem cheiro, cores e sabor?
Acredite!
...Um abraço amigo!
Ai amiga nem sei o que dizer vc é D+++...Bjus
Quero saber quando a senhora vai me dizer se vai me dar a honra de me mandar um texto seu para eu publicar lá no Universidade...leu meu convite aos poetas ?
Tô aguardando ansiosamente por algo seu, não precisa ser inédito, mas precisa ser apenas algo de que goste muito, tá ! Grande Beijo.
Oi Déia, muito bom ver meu poema aqui postado, só gostaria que colocasse a autoria, se for possível e venha conhecer meu blogger http://schsonia.blogspot.com
um abraço
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