Fresta
Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.
(Fernando Pessoa)
3 comentários:
Excelente escolha!
Sempre bom vir aqui.
Beijinhos...
adoro este blog esta super bem feito e sobretudo fala dos nossos poetas portugueses que tanto gosto
Muito legal...adoro Fernando Pessoa... parabéns...
Postar um comentário